Incêndio em aterro já dura mais de 40 dias e é o maior da história de Rio Branco, diz Corpo Bombeiros

Na data em que se comemora o Dia da Amazônia, nesta quarta-feira (5), tanto os Bombeiros, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco lamentam os estragos causados pelo incêndio no local.

O incêndio começou em 25 de julho. O Departamento de Resíduos Sólidos da Semsur informou que, somente este ano, uma média de 27 mil toneladas de resíduos foram recolhidas pela equipe de limpeza e despejados no local.

No aterro podem ser despejados resíduos de construção civil, restos de podas de árvores e os resíduos de limpezas feitas nos bairros.

O major Cláudio Falcão, dos Bombeiros, informou que o incêndio mais demorado em relação ao combate levou cerca de 15 dias e, segundo ele, não foi um trabalho ininterrupto como tem sido no aterro. Na época, os bombeiros conseguiam controlar e as chamas voltavam após três dias.

“Esse foi, sem dúvida, o que mais demorou para ser combatido da história de Rio Branco e o trabalho sendo feito de forma ininterrupta, ou seja, não paramos nenhum dia de fazer o combate. Conseguimos concluir mais de 90% e nossa expectativa é que seja combatido 100% essa semana”, disse o major.

Sobre os impactos do incêndio para o meio ambiente, Falcão destacou que não só no caso do aterro, mas qualquer tipo incêndio acarreta inúmeros danos.

“A fumaça, a queima, ou seja, essa transformação química de material sólido em fumaça vai prejudicar o meio ambiente. Quem inalar essa fumaça, também vai ter prejuízo na saúde, os animais que, por ventura, venham a inalar esse tipo de material, vão ser acometidos. Então, tem esses impactos”, afirmou Falcão.

A secretária de Meio Ambiente de Rio Branco, Paola Fernanda, disse que existem fortes indícios para o incêndio ter sido criminoso. Ela também falou sobre as ações de combate aos incêndios e educação ambiental que a secretaria desenvolve.

“A princípio isso foi um incêndio criminoso, que acaba tendo proporções imensuráveis pelo fato do aterro ter o gás metânio muito ativo. A pessoa que faz esse tipo de coisa, acho que não leva em consideração o mal que causa às pessoas que moram ao redor. A gente fez o possível para minimizar os impactos. Foi uma coisa que fugiu do nosso controle”, declarou a secretária.

Paola informou que de junho ao início de agosto a secretaria aplicou cerca de 25 multas devido queimadas em Rio Branco. Segundo ela, primeiro é feito um trabalho de conscientização e orientação e, em caso de reincidência, é aplicado o alto de infração.